sábado, 9 de março de 2013

A origem dos ovos de Páscoa






Uma paixão que não mudou com a idade foi pelo chocolate. Meu gosto sim; se adaptou a um chocolate mais amargo - melhor para a saúde e mais "recheado" de informação. Mas continuo fascinada pelo colorido da Páscoa e, numa pesquisa que virou livro, descobri a origem deste costume. 

A Páscoa é o Natal dos chocolates. É quando a indústria mais vende, os fabricantes lançam suas novidades e fazem suas apostas. Existem pequenas fábricas brasileiras em que as vendas na Páscoa representam 80% do faturamento anual.

Em muitas culturas antigas, ocidentais e orientais, o ovo era um presente comum, em geral, distribuído em festas pagãs que marcavam o início da primavera, que no hemisfério norte começa em março.  Nas mitologias anglo-saxã e germânica, a deusa da primavera e do renascimento chama-se Ostera (“Páscoa”, em inglês, é Easter, e, em alemão, Ostern).

Em tais festas pagãs, os ovos eram pintados com motivos que faziam alusão à natureza, como flores, frutos e animais.  Em algum momento, esses ovos passaram a ser esvaziados e preenchidos com confeitos.

Entre os séculos XVII e XIX, os nobres europeus presenteavam amigos e parentes com ovos feitos de metais nobres e incrustados com pedras preciosas. Um grande artista dessa Páscoa requintada foi o joalheiro russo Peter Carl Fabergé (1846-1920), que ganhou celebridade após receber encomendas dos czares da Rússia.

Porém, retornando ao mundo plebeu, o ovo de chocolate, de acordo com uma das versões mais correntes, foi uma invenção inglesa – embora a França dispute essa honra –surgindo assim que a tecnologia de fabricação permitiu que se moldasse o chocolate. Os ovos de Páscoa, que eram preenchidos com doces, passaram a ser inteiramente comestíveis.

Essa e outras histórias sobre o chocolate estão no livro "Chocolate, por que gostamos tanto?", meu e do André Modenesi.
Clique para comprar o livro


Nenhum comentário:

Postar um comentário