domingo, 26 de maio de 2013

O perfume e a evasão de privacidade



Já troquei de lugar em restaurante para não ter que aguentar o perfume da cidadã da mesa ao lado. Já troquei de lugar no ônibus, já saí de um consultório médico abandonando o tratamento porque a médica usava perfume forte!

Muitas mulheres (tenho a impressão de que é mais frequente com as mulheres) não entendem que você usa perfume para você e para as pessoas com quem você tem intimidade: amigos que vão te abraçar e beijar e o namorado que vai cafungar o seu cangote.

Se eu, que estou a mais de 60 cm de distancia sinto o seu perfume, isso é um ataque, uma agressão, um exagero. Eu posso não gostar de perfume (gosto de poucos), eu posso estar com dor de cabeça, eu posso simplesmente não querer essa informação.

Quem leu "O Perfume", do Patrick Süskind? "...as pessoas podiam fechar os olhos diante da grandeza, do assustador, da beleza, e podiam tapar os ouvidos diante da melodia ou de palavras sedutoras... Mas não podiam escapar ao aroma. Pois o aroma é um irmão da respiração".

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