sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Viajando aos 40


Cuido da minha mala desde os nove anos de idade. Até mais ou menos 20, viajava, em geral, de carro com meus pais, que cuidavam de quase tudo. Então vamos considerar que tenho 20 ou 30 anos de estrada autorizando algumas conclusões.

Começando, como eu comecei, pela MALA:

Nunca, mas nunca mesmo, deixe de levar um casaco e um biquini. Já precisei de casaco em Arraial do Cabo no verão e de um biquini no inverno alemão. O clima é louco e você pode ser surpreendido por uma frente fria ou, como aconteceu na Alemanha, por uma luxuosa piscina aquecida e coberta num hotel pelo qual eu não dava muita coisa.

PLANEJAMENTO:

Você é seu melhor agente de viagens. Se você fala inglês e frequenta a Internet, não tercerize o planejamento. O agente de viagens vai "quarterizar" para uma operadora de São Paulo que vai "quinterizar" para uma operadora local no seu destino. Em 100% das vezes algo dá errado. E durante sua viagem uma delas ainda pode falir! Pesquise em sites confiáveis, mande e-mails, estude, imprima os mapas. Pense que essa é uma forma também de fazer a viagem começar antes mesmo do embarque.

Mas se você vai para o exterior e não fala outros idiomas, não hesite: procure uma boa agência de viagens e se agarre em uma excursão.

DESEMBARQUE:

Não fique perdido no saguão do aeroporto com cara de "socorro, não conheço nada aqui". Em qualquer lugar do mundo você corre o risco de ser abordado por um picareta. Se você não se sente seguro para tomar um táxi, compre um "transfer" antes de embarcar. É mais caro, mas começar as férias se aborrecendo é um prejuízo muito maior.

HOSPEDAGEM:

Na dúvida, escolha uma rede de hotéis americana. Mesmo que simples, os hotéis americanos são limpos. Na República Dominicana fiquei em um 4 estrelas de uma rede espanhola que tinha toalhas rasgadas e banheira manchada. Tá achando frescura? Se falta capricho dentro do quarto do hóspede, pode ter certeza que falta também em outras áreas do hotel. Além disso, na minha casa não tem toalha rasgada. Por que vou nas minhas férias ficar numa situação pior do que a que tenho em casa?

Hotel é caro, mas casa de amigo, só se tiver muita intimidade com ele e com quem quer que more com ele. E por pouquíssimos dias.

Hotel "all inclusive", daqueles em que todas as refeições e bebidas estão incluídas na diária, não vale a pena. Já passei por 3. Em qualquer lugar do mundo, é roubada. Se o pacote todo já está pago, pra que o cozinheiro vai se esforçar?

COM CRIANÇAS:

Meu filho viaja com crachá pendurado no pescoço! Nunca nos perdemos dele e, claro, não solto a mão da criança, etc, etc... mas vamos ser realistas: férias + lugares cheios + 1 segundo de distração e isso pode acontecer.

O CAFONA NÃO EXISTE:

Você vai ouvir de amigos mais viajados que, por exemplo, assistir a troca da guarda no Palácio de Buckingham é cafona ou que perder tempo em Paris indo a Eurodisney é um ultraje. Ou ainda que você não deve ir a um determinado show porque é "muito para turista". Você é turista. O dinheiro é seu, o tempo é seu e o desejo também.


Now boarding.

2 comentários:

  1. Eu incluiria nao viajar em grupo, ou pelo menos, nao com um grupo onde tem alguem cheio de ideias e quer que todos facam o que ele escolheu porque eh mais legal, mais bonito, mais barato, mais mais mais. Em caso de grupos, melhor um pacote turistico onde tudo ja ta programado. Se nao, ou todo mundo com cara de paisagem e seguindo ao que decide tudo ou voce cacando confusao quando reclama disso.

    ResponderExcluir
  2. Oi Ana,

    Tudo bem? Meu nome é Liana, tenho 26 anos, moro em Florianópolis, SC, sou bacharel em direito e sou a única pessoa da família que tem nanismo (acondroplasia).
    Sei que aqui não é o lugar correto para deixar um recadinho pedindo um "help" com o programa Encontro com Fátima Bernardes, mas por favor, continue lendo. Sei que você faz parte da equipe da Fátima, tentei diretamente achar o e-mail do programa, mas infelizmente não achei e olha que tente e procurei. Até que resolvi apostar novamente na minha sorte e resolvi escrever aqui..
    Vou ser breve, leia por favor. Primeiramente para você não me achar uma louca ou pensar qualquer coisa, não vim aqui pedir ajuda em dinheiro, saúde e outras coisas. Acompanho o programa e observo que visam tratar de temas reais, seja ele qual for, buscando sempre uma repercussão positiva na sociedade de todas as idades. É por este motivo que escolhi o “Encontro com Fátima Bernardes” e tomei a liberdade de sugerir um tema a vocês, pois gostaria de sugerir humildemente que em um dos seus próximos programas fosse abordado "o nanismo", de forma natural onde os telespectadores passassem a conhecer mais sobre essa deficiência e ver o anão como uma pessoa, um ser humano comum e capaz. E que, quando fizer um personagem, seja ele qual for, que os olhares passassem a ser de orgulho e não apenas de risada.
    Infelizmente, a pessoa com nanismo aparece somente em programas de humor, na maioria das vezes, sendo ridicularizados. Concorda comigo? Só eu e muitas pessoas com nanismo sabemos o que isto reflete no nosso dia-a-dia. Não estou aqui querendo criticar programas e aqueles que se dispõe a este tipo de participação, mas diante desta realidade e na sociedade que vivemos, existe o preconceito, e eu gostaria de pelo tentar fazer a minha parte e pelo menos ameniza-lo.
    Temas polêmicos na sociedade têm bastante, mas esse é atual, é real, vivido por muitos e esquecido de ser tratado, pois é explicado sobre a pessoa cega, cadeirante e o nanismo é esquecido. Afinal, também somos seres humanos. Não quero que conheçam o nanismo para que passassem a olhar como “coitadinhos”, pelo contrário, como pessoas iguais a qualquer um, apenas com baixa estatura e sem motivo de risada e piadinhas a qualquer tempo.
    Acredito que nenhum programa saberia tratar sobre esse assunto tão bem ao ponto de que em um futuro breve, a sociedade no geral tivesse conhecimento e uma nova visão a respeito das pessoas com nanismo, não ficando isso restrito apenas as pessoas que convivem diretamente com elas.
    Se esse assunto lhe interessar estou aqui para lhe ajudar e compartilhar dessa história com vocês. No entanto, se não for por esse caminho, ou não for de seu interesse, peço que diante de sua força me auxilie para que esse tema seja abordado com a mesma seriedade que vocês tratariam. Sou persistente, e não pretendo desistir nas primeiras barreiras, já passei por muitas e tenho certeza que vou conseguir levar esse tema a sociedade brasileira.
    Por fim, procurei ser breve para não tornar o recadinho cansativo, e sim apenas expor e plantar uma sementinha de curiosidade a respeito do assunto que para mim é muito importante.
    Agradeço sua atenção e deixo aqui meus dados para qualquer contato.
    Até breve, um abraço, Liana Cristina Hones.
    lianahones@hotmail.com
    twitter: @lianahones

    ResponderExcluir