O problema é que as pessoas descontam na direção as frustrações do dia-a-dia. Atrás do volante, infelizmente, para muita gente, é o único momento do dia em que se pode parar para pensar um pouco. E aí vem a raiva, a frustração, a humilhação, a sobrecarga... e ela não vai te deixar passar porque agora precisa pensar nela. Assim, no trânsito, a doçura femina se resume a nada.
Tô falando de nós mulheres porque, em geral, somos mais inseguras e, sinceramente (ok, lá vem o apedrejamento) acho que isso se reflete no trânsito. Mas a insegurança masculina também está representada, claro, nas nossas ruas, vias e avenidas. Um carrão também é uma maneira de disfarçar atributos que lhes faltam.
Falando em carrão, vejam que exemplo louco de como as pessoas usam o carro para se relacionar com o mundo. Conheço uma mulher que dirige um carro enorme, dessas jamantas importadas e só consegue estacionar em uma das vagas da garagem do prédio dela. A motorista em questão tenta convencer o condomínio a destinar com exclusividade aquela vaga para ela. E... tipo... comprar um carro menor?! Meu Deus! A pessoa não sabe manobrar e compra o maior carro do mercado! Essa, além de não dar passagem, não usa os retrovisores! Não enxerga ninguém.
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