sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Mulher não cede passagem




Ligou a seta do carro? Quer trocar de pista? Se o carro na sua diagonal traseira esquerda for dirigido por uma mulher, você não vai passar. Ela vai acelerar só para você não passar. Se você insistir e ameaçar embicar o carro, ela vai buzinar, abanar o braço e não vai te deixar passar. É uma questão de honra. Hoje aconteceu comigo duas vezes, quando tentei trocar de pista. E sou mulher também, hein? Mas acho que elas nem repararam nisso.

O problema é que as pessoas descontam na direção as frustrações do dia-a-dia. Atrás do volante, infelizmente, para muita gente, é o único momento do dia em que se pode parar para pensar um pouco. E aí vem a raiva, a frustração, a humilhação, a sobrecarga... e ela não vai te deixar passar porque agora precisa pensar nela. Assim, no trânsito, a doçura femina se resume a nada.

Tô falando de nós mulheres porque, em geral, somos mais inseguras e, sinceramente (ok, lá vem o apedrejamento) acho que isso se reflete no trânsito. Mas a insegurança masculina também está representada, claro, nas nossas ruas, vias e avenidas. Um carrão também é uma maneira de disfarçar atributos que lhes faltam.

Falando em carrão, vejam que exemplo louco de como as pessoas usam o carro para se relacionar com o mundo. Conheço uma mulher que dirige um carro enorme, dessas jamantas importadas e só consegue estacionar em uma das vagas da garagem do prédio dela. A motorista em questão tenta convencer o condomínio a destinar com exclusividade aquela vaga para ela. E... tipo... comprar um carro menor?! Meu Deus! A pessoa não sabe manobrar e compra o maior carro do mercado! Essa, além de não dar passagem, não usa os retrovisores! Não enxerga ninguém. 

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