sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Você guarda algum objeto da sua infância?




Me fiz essa pergunta porque outro dia um amigo me mostrou uma caixa com um time de futebol de botão que ele tem desde os 7 anos. Um pote de Tupperware amarelado identificado com uma etiqueta encardida escrita com letrinhas de recém alfabetizado. Achei fofo.

Não guardo muita coisa. Não gosto de acumular, ver armários e gavetas abarrotados... Tenho pouco (quase nenhum) apego pelo o que chamamos de valor sentimental.

Conheço gente que guarda cachos de cabelo, dentes de leite, lembrancinha de batizado, a vela queimada da primeira comunhão, bilhetinhos de todos os namorados e até fatia do bolo de casamento congelada no freezer.

Se o objeto não tem utilidade ou não é usado vai para a doação ou jogo fora - se for desimportante no geral.

Meus guardados são todos fotográficos. E do meu filho também. A lembrancinha de nascimento, a primeira roupinha... Tá tudo fotografado, mas não guardei nada.  Será que um dia ele vai me cobrar isso? Bom, é problema para daqui a 20 anos.

Dei uma "busca e apreensão" no cafofo porque fiquei curiosa para saber se meu desapego sentimental teria poupado algo.

Encontrei.

A "monstra azul" - a primeira mala com que viajei! Na foto eu tinha 3 anos e estou com ela na Flórida. Eu a achava tão grande - por isso dei esse nome. Me lembro de usá-la como colchão para uma soneca enquanto esperava um ônibus. Eu tinha exatamente o comprimemento dela em 1974. Ainda viaja comigo. Vai dobrada dentro da mala principal para trazer o "butim de guerra".

A "monstra" foi reformada duas vezes: passou por um reforço na costura e teve o fecho eclair trocado. Mandar para o conserto uma velha sacola de lona (e não é fácil encontrar quem conserte malas) só pode ser justificado com o tal do valor sentimental. Ufa! Não sou tão insensível assim.

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